quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estamos cada vez mais insensíveis!


Por Pra. Beatriz Lago

Estamos cada vez mais insensíveis!

Onde foi parar aquele sentimento de consternação pelo sofrimento alheio? 
Onde foi parar a tristeza que tomava conta de nossa alma por dias seguidos quando uma tragédia acometia alguém? 


Será que deu lugar ao suspiro de alívio por não sermos nós, a vítima da vez?

Não nos espantamos mais com notícias terríveis, situações que nossos antepassados jamais imaginariam se tornam cada vez mais comuns.
          E talvez não por coincidência, estamos cada vez mais distantes uns dos outros, criamos uma barreira que limita a aproximação do próximo, que impossibilita o pedido de ajuda ou socorro.
        Será que nos afastamos para nos  proteger de alguma forma, de sofrimentos ou de perdas? Ou será que queremos distância de possíveis problemas alheios, já que estamos tão ocupados resolvendo sozinhos os nossos.
       Em um mundo que não pára de crescer, nos encontramos cada vez mais sozinhos para enfrentarmos nossas lutas. "Nossas", parece ser isso que o vizinho quer dizer quando não te dá espaço para cumprimentá-lo. Parece dizer: “Cada um com seus problemas”.
        Enquanto isso, as tragédias, os desastres, os crimes parecem estar cada vez mais próximos do nosso endereço. 
        E nós, cada vez mais conformados com tal situação, cada vez mais voltados pra dentro de nós, cada vez mais insensíveis, mais egoístas, mais individualistas...
         E com tais atitudes, cada vez mais distantes do reino dos céus.


“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

"Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram
(Rm 12.15)